- Dra Sabrina L B Alcalde
Quando procurar um oftalmologista?
Atualizado: 19 de jul. de 2020
Mesmo sem sintomas, é necessário um acompanhamento oftalmológico regular, para detecção e tratamento precoces de alterações que costumam surgir na visão ao longo da vida.

O primeiro teste da visão é o teste do olhinho, ou teste do reflexo vermelho, que na maioria das vezes, é realizado ainda na maternidade. Esse exame detecta, precocemente, doenças de visão no bebê, como catarata congênita, tumor, glaucoma ou estrabismo.
Crianças em idade pré-escolar e escolar também necessitam de acompanhamento oftalmológico, independentemente de apresentarem sintomas oculares ou não. Algumas doenças podem passar despercebidas pelos pais e/ ou cuidadores, mas podem trazer danos visuais irreversíveis se não forem tratadas a tempo. A ambliopia é uma dessas doenças, que deve ser corrigida antes dos 7 anos de idade.
É na infância também que costuma aparecer os primeiros sintomas de alergia ocular, uma afecção que pode levar a coceira nos olhos e , em casos severos, está relacionada ao desenvolvimento de ceratocone.
Na adolescência, o sistema visual se desenvolve rapidamente, e podem surgir alterações como a miopia. E o desejo pelo uso de lentes de contato começa a aparecer! Nessa fase também que observamos a evolução rápida de algumas doenças, entre elas o ceratocone.
São necessários, portanto, exames regulares da visão, com acompanhamento semestral ou anual, ou sempre que houver alterações visuais ou dificuldade no aprendizado. Alguns sintomas podem servir de alerta, como cansaço visual, visão embaçada, dores de cabeça e olhos vermelhos.
A partir dos 20 anos de idade, surgem as expectativas da operação da miopia (cirurgia refrativa). Um correto acompanhamento oftalmológico também será determinante no sucesso da cirurgia. Algumas doenças que comprometem a retina, decorrentes de problemas circulatórios ou degenerativos, principalmente se houver hábitos pouco saudáveis, como o tabagismo, ou alterações relacionadas a doenças como diabetes e pressão alta, podem começar a se instalar. Além disso, após os 40 anos, é importante manter a visita ao oftalmologista regularmente, já que neste período podem surgir outras alterações de visão como a dificuldade para enxergar para perto, chamada de presbiopia ou "vista cansada".
O glaucoma também jå pode se manifestar nessa fase, e no estágio inicial ele costuma ser assintomático, mas pode levar a perda irreversível da visão.
Portanto, o cuidado com os olhos se torna essencial!
Alguns sintomas podem servir de alerta como visão turva, perda da visão central ou localizada, ou dificuldade para enxergar à noite, e necessitam de atendimento com o oftalmologista para avaliações específicas.
Após os 50 anos, e, principalmente, após os 60 anos, é possível que piorem as dificuldades para enxergar. Muito disso se deve as alterações degenerativas dos olhos, como a catarata e a degeneração macular, que devem ser tratadas corretamente para evitar a cegueira.
A Sindrome do olho seco, moscas volantes e buraco macular também podem aparecer.
Algumas distrofias corneanas também podem surgir com o avançar da idade. Dependendo do caso, até mesmo um transplante corneano poderá estar indicado.
E podemos ver com maior frequência as complicações de doenças como glaucoma, retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, entre outras.
Assim, é importante manter a consulta anual ao oftalmologista, para que estas doenças sejam detectadas o quanto antes, permitindo um tratamento eficaz.