Dra Alyne Gabrielly Borges Corrêa
Você sabia que o estrabismo tem tratamento?
Atualizado: 17 de set. de 2020
O estrabismo nada mais é que uma doença oftalmológica na qual os olhos encontram-se desalinhados.

Quanto antes diagnosticado e tratado, maiores os benefícios para o paciente.
O desvio ocular pode ser:
- em direção ao nariz (convergente);
- em direção contrária ao nariz (divergente);
- para cima ou para baixo (vertical);
- ou torcional.
O estrabismo pode ser ainda:
- intermitente (quando ocorre apenas em determinados momentos, principalmente quando o paciente está distraído, cansado, ou focando algum objeto);
- ou fixo (o desvio é constante).
É muito comum que antes dos 4 meses de vida o bebê apresente desvio dos olhos em situações esporádicas, isso ocorre porque a maturidade do controle dos músculos extra-oculares ainda não está completamente desenvolvida.

Após os 4 meses, se o bebê continuar desviando os olhos, é necessário uma consulta com o Oftalmopediatra especialista em estrabismo para que se estabeleça imediatamente o tratamento adequado.
O estrabismo ocorre entre 2% a 4% das crianças, e várias são as possíveis causas, desde fatores genéticos, alterações oculares que possam reduzir a qualidade de visão de um ou dos dois olhos (como alto grau de hipermetropia, por exemplo), até doenças neurológicas.
O estrabismo também pode ser adquirido após traumatismo cranioencefálico, lesões cerebrais, tumores, alterações de vascularização e paralisias dos nervos oculomotores.

Atualmente, tem-se observado com uma frequência cada vez maior, o aparecimento de estrabismo entre pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens, que possuem o hábito de utilizar eletrônicos, como celular e tablet, durante muitas horas por dia. Esses pacientes queixam-se com frequência de diplopia e o grau de miopia geralmente mostra-se em progressão.
O estrabismo tem tratamento, independente da idade do paciente.
O tratamento pode ser realizado através de:
- prescrição de óculos adequados;
- aplicação de toxina botulínica.
A escolha do tratamento varia conforme o tipo de estrabismo e tamanho de desvio, além de fatores sistêmicos que possam estar associados.